sábado, 9 de abril de 2011

A MORTE DO JOÃO


: Bença padre.
Padre: Deus o abençoe meu filho.

: Padre, o Sr. lembra do João pintor?
Padre: É claro meu filho.

: Pois é padre, o João veio a falecer,
Padre: Que pena, morreu de quê?

: Moro numa rua sem saída e minha casa é a última, Ele desceu com o
carro e bateu no muro de casa.
Padre: Coitado, morreu de acidente.

: Não, ele bateu com o carro e voou pela janela, Caiu dentro do meu
quarto e bateu a cabeça no meu guarda roupa de madeira.
Padre: Que pena, morreu de traumatismo craniano.

: Não padre, ele tentou se levantar pegando na maçaneta da porta que
se soltou e ele rolou escada abaixo.
Padre: Coitado, morreu de fraturas múltiplas.

: Não padre, depois de rolar a escada ele bateu na geladeira, que
caiu em cima dele.
Padre: Que tragédia, morreu esmagado.

: Não, ele tentou se levantar e bateu as costas no fogão, a sopa que
estava fervendo caiu em cima dele.
Padre: Coitado, morreu desfigurado.

: Não padre, no desespero saiu correndo, tropeçou no cachorro e foi
direto na caixa de força.
Padre: Que pena, morreu eletrocutado.

: Não padre, morreu depois de eu dar dois tiros nele.
Padre: Filho, você matou o João?

: Uai , o cara tava destruindo minha casa . . .

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